A letra G. E o adeus que lhe associo. Um adeus que já se esperava desde Março, e que me sufocava por ainda não ter sido uma realidade. Um adeus a uma parte de mim que tem estado quebrada e que não sabia como ser reparada. Hoje digo um Adeus que nunca pensei dizer, que nunca quis dizer. Um Adeus que adiei a todo o custo por achar que era injusto existir.
De repente, quando esse certo Adeus é proferido em voz alta, pode ser a coisa mais libertadora que sentem na vida. E passamos a ver que há mais do que um par de sapatos que não vamos usar, um ex que nos magoou, um amigo traiçoeiro, um trabalho onde não somos felizes. E naquele segundo específico, passa a existir a esperança de alcançar algo melhor.
Bem, eu sou uma pessoa de Up’s & Down’s extremos, toda a vida assim o fui. Tudo isto amanhã pode não fazer sentido e o Mundo pode ficar negro e frio outra vez, mas pela primeira vez em 9 meses, nas ultimas 72 horas consigo ver para além da mágoa. Consigo não olhar com desgosto para a vida que criei até aqui. Consigo ter a noção que há mais do que isto, e não importa se fiz 29 anos e não estou casada ou com filhos, não importa se não subi na carreira. Hoje não importa. Porque me senti livre. E pode parecer-vos tolo, porque sempre o fui, mas no fundo fiquei aprisionada a um Adeus que achei que nunca iria querer soltar.
Um Adeus que não disse a ninguém, que nao disse a nada, mas que senti. Tal como precisava de ser sentido.

Pesquisar por aqui:
Old but Gold
Categorias
Subscribe
Instagram O’clok