Foi o primeiro festival, e não poderia ter sido melhor. Os amigos, as emoções e a experiência em si, transformaram o que seria uma sexta-feira normal num dia excepcional repleto de memorias a manter e relembrar inúmeras vezes. Se para muitos, ir a um festival não é justificação para um alarido tão grande, pois deixem-me dizer que para mim passa a ser, e ai senhores como eu quero fazer um alarido. Passei a adolescência sem fazer o que maior parte das criaturas daquelas idades fazem, e por isso mesmo o que quero agora é fazer isso mesmo, e viver cada segundo à grande.
O dia foi cansativo, quente (virou verão naquele dia) e do mais desgastante que poderia ser, começando pela chegada a pé até lá e terminando na busca desesperada por um taxi livre no meio de toda aquela gente para voltar para casa, mas ainda assim não é do calor e do cansaço que me lembro, é das gargalhadas que dei, das fotos que tirei e da música a que assisti e ouvi. Lembro-me de todas as coisas boas como se fossem as coisas mais boas de todo o ano, e não deixo que as coisas más se tornem superiores, porque nem poderiam ser.
Assistir a um concerto ao vivo dos Queen com Adam Lambert foi sem dúvida um dos pontos altos de todo aquele dia, mas ainda que os mesmos não fizessem parte do cartaz, sabendo o que sei hoje, voltava a comprar o bilhete e nem pensava duas vezes. Dei por mim a passear por aquele enorme parque como se fosse uma criança pequena num parque de diversões só para si, e nem me preocupei muito com as pessoas que estavam á minha volta. Foi sem dúvida uma experiência para voltar a repetir um dia destes, mas desta vez com o carro estacionado mais perto do acontecimento.